COMO CONVIVER COM OS OUTROS
Vivendo com Outros
Todas as relações sociais exigem o exercício do domínio próprio, indulgência e simpatia. Diferimos tanto uns dos outros em disposições, hábitos e educação, que variam entre si nossas maneiras de ver as coisas. Julgamos diferente. Nossa compreensão da verdade, nossas idéias em relação à conduta de vida, não são idênticas sob todos os pontos de vista. Não há duas pessoas cuja experiência seja igual em cada particular. As provas de uma não são as provas de outro. Os deveres que uma se apresentam como leves, são para outra mais difíceis e inquietantes.
Tão fraca, ignorante e sujeita ao erro é a natureza humana, que todos devemos ser cautelosos na maneira de julgar o próximo. Pouco sabemos da influencia de nossos atos sobre a experiência dos outros. O que fazemos ou dizemos pode parecer-nos de pouca importância, quando, se nossos olhos se abrissem, veríamos que daí resultam as mais importantes conseqüências para o bem ou para o mal.
Muitas pessoas têm desempenhado tão poucas responsabilidades, seu coração tem experimentado tão pouco as angustias reais, sentido tão pouca perplexidade e preocupação em auxiliar o próximo, que não podem compreender o trabalho de quem tem verdadeiras responsabilidades. São tão incapazes de apreciar seus trabalhos, como a criança de compreender os cuidados e fadigas do preocupado pai. A criança admira-se dos temores e perplexidades do pai; parecem-lhe inúteis. Mas quando os anos de experiência forem acrescentados à sua vida, quando tiver de carregar as próprias responsabilidades, olhará de novo para a vida do pai, e compreenderá então o que outrora lhe era incompreensível. A amarga experiência deu-lhe o conhecimento.
A obra de muitas pessoas que têm responsabilidades não é compreendida, não são apreciados seus trabalhos, enquanto a morte os não abate. Quando outros retomam as funções que eles exerciam, e enfrentam as dificuldades que eles encontram. Compreendem quanto a sua fé e coragem foram provadas. Muitas vezes perdem de vista, então, os erros que estavam tão prontos a censurar. A experiência ensina-lhes a simpatia. É Deus quem permite que os homens sejam colocados em posições de responsabilidade. Quando erram, tem poder para os corrigir, ou para os retirar do cargo que exercem. Devemos acautelar-nos de não tomar em nossas mãos o direito de julgar, que pertence a Deus.
O Propósito da Vida
Não podemos permitir que nosso espírito se irrite por algum mal real ou suposto que nos tenha sido feito. O inimigo que mais carecemos temer é o próprio eu. Nenhuma forma de vicio tem efeito mais funesto sobre o caráter do que a paixão humana quando não está sob o domínio do Espírito Santo. Nenhuma vitória que possamos ganhar será tão preciosa como a vitória sobre nós mesmos.
Não permitimos que nossa suscetibilidades seja facilmente ferida. Devemos viver, não para vigiar sobre suscetibilidade ou reputação, mas para salvar almas. Quando estamos interessados na salvação das almas, deixamos de pensar nas pequenas diferenças que possam levantar-se entre uns e outros na associação mútua. De qualquer sorte que os outros pensem de nós ou conosco procedam, nunca será necessário que perturbemos nossa comunhão com Cristo, nossa companhia com o Espírito.
(I Pedro 2:20) - Porque, que glória será essa, se, pecando, sois esbofeteados e sofreis? Mas se, fazendo o bem, sois afligidos e o sofreis, isso é agradável a Deus.
Não se vingue. Quando puder, remova toda causa de mal-entendido. Evite a aparência do mal. Faça o que estiver em seu poder, sem comprometer os princípios, para conciliar o próximo.
(Mateus 5:23) - Portanto, se trouxeres a tua oferta ao altar, e aí te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti,
(Mateus 5:24) - Deixa ali diante do altar a tua oferta, e vai reconciliar-te primeiro com teu irmão e, depois, vem e apresenta a tua oferta.
Se lhe forem dirigidas palavras impacientes, nunca responda no mesmo tom.
Lembre-sede que
(Provérbios 15:1) - A RESPOSTA branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira.
Há um poder maravilhoso no silencio. As palavras ditas em réplica a alguém encolerizado por vezes servem apenas para o exasperar. Mas se a cólera encontra o silencio, e um espírito amável e indulgente, em breve de esvai.
Sob uma tempestade de palavras ferinas e acusadoras, conserve apoiado o espírito na Palavra de Deus. Que o espírito e o coração sejam repletos das promessas divinas. Se é maltratado ou acusado injustamente, em vez de responder com cólera, repita a você mesmo as preciosas promessas:
(Romanos 12:21) - Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem.
(Salmos 37:5) - Entrega o teu caminho ao SENHOR; confia nele, e ele o fará.
(Salmos 37:6) - E ele fará sobressair a tua justiça como a luz, e o teu juízo como o meio-dia.
(Lucas 12:2) - Mas nada há encoberto que não haja de ser descoberto; nem oculto, que não
haja de ser sabido.
Somos inclinados a procurar junto de nossos semelhantes simpatia e animo, em vez de os procurar em Jesus. Em Sua misericórdia e fidelidade, Deus permite muitas vezes que falhem aqueles em quem depositamos confiança, a fim de que possamos compreender quanto é insensato confiar nos homens e apoiar-nos na carne. Confiemos inteira, humilde e desinteressadamente em Deus. Ele conhece as tristezas que nos consomem no mais profundo do ser e que não podemos exprimir. Quando tudo nos parece escuro e inexplicável, lembremo-nos das palavras de Cristo:
(João 13:7) - Respondeu Jesus, e disse-lhe: O que eu faço não o sabes tu agora, mas tu o saberás depois.
Nobre Heroísmo
Estude a historia de José e de Daniel. O Senhor não impediu as maquinações dos homens que procuravam fazer-lhes mal; mas conduziu todos os planos para o bem de Seus servos, que no meio de provas e lutas mantiveram sua fé e lealdade.
(Gênesis 37:12) - E seus irmãos foram apascentar o rebanho de seu pai, junto de Siquém.
(Gênesis 37:13) - Disse, pois, Israel a José: Não apascentam os teus irmãos junto de Siquém? Vem, e enviar-te-ei a eles. E ele respondeu: Eis-me aqui.
(Gênesis 37:14) - E ele lhe disse: Ora vai, vê como estão teus irmãos, e como está o rebanho, e traze-me resposta. Assim o enviou do vale de Hebrom, e foi a Siquém.
(Gênesis 37:15) - E achou-o um homem, porque eis que andava errante pelo campo, e perguntou-lhe o homem, dizendo: Que procuras?
(Gênesis 37:16) - E ele disse: Procuro meus irmãos; dize-me, peço-te, onde eles apascentam.
(Gênesis 37:17) - E disse aquele homem: Foram-se daqui; porque ouvi-os dizer: Vamos a Dotã. José, pois, seguiu atrás de seus irmãos, e achou-os em Dotã.
(Gênesis 37:18) - E viram-no de longe e, antes que chegasse a eles, conspiraram contra ele para o matarem.
(Gênesis 37:19) - E disseram um ao outro: Eis lá vem o sonhador-mor!
(Gênesis 37:20) - Vinde, pois, agora, e matemo-lo, e lancemo-lo numa destas covas, e diremos: Uma fera o comeu; e veremos que será dos seus sonhos.
(Gênesis 37:21) - E ouvindo-o Rúben, livrou-o das suas mãos, e disse: Não lhe tiremos a vida.
(Gênesis 37:22) - Também lhes disse Rúben: Não derrameis sangue; lançai-o nesta cova, que está no deserto, e não lanceis mãos nele; isto disse para livrá-lo das mãos deles e para torná-lo a seu pai.
(Gênesis 37:23) - E aconteceu que, chegando José a seus irmãos, tiraram de José a sua túnica, a túnica de várias cores, que trazia.
(Gênesis 37:24) - E tomaram-no, e lançaram-no na cova; porém a cova estava vazia, não havia água nela.
(Gênesis 37:25) - Depois assentaram-se a comer pão; e levantaram os seus olhos, e olharam, e eis que uma companhia de ismaelitas vinha de Gileade; e seus camelos traziam especiarias e bálsamo e mirra, e iam levá-los ao Egito.
(Gênesis 37:26) - Então Judá disse aos seus irmãos: Que proveito haverá que matemos a nosso irmão e escondamos o seu sangue?
(Gênesis 37:27) - Vinde e vendamo-lo a estes ismaelitas, e não seja nossa mão sobre ele; porque ele é nosso irmão, nossa carne. E seus irmãos obedeceram.
(Gênesis 37:28) - Passando, pois, os mercadores midianitas, tiraram e alçaram a José da cova, e venderam José por vinte moedas de prata, aos ismaelitas, os quais levaram José ao Egito.
(Gênesis 39:1) - E JOSÉ foi levado ao Egito, e Potifar, oficial de Faraó, capitão da guarda, homem egípcio, comprou-o da mão dos ismaelitas que o tinham levado lá.
(Gênesis 39:2) - E o SENHOR estava com José, e foi homem próspero; e estava na casa de seu SENHOR egípcio.
(Gênesis 39:3) - Vendo, pois, o seu senhor que o SENHOR estava com ele, e tudo o que fazia o SENHOR prosperava em sua mão,
(Gênesis 39:4) - José achou graça em seus olhos, e servia-o; e ele o pôs sobre a sua casa, e entregou na sua mão tudo o que tinha.
(Gênesis 39:5) - E aconteceu que, desde que o pusera sobre a sua casa e sobre tudo o que tinha, o SENHOR abençoou a casa do egípcio por amor de José; e a bênção do SENHOR foi sobre tudo o que tinha, na casa e no campo.
(Gênesis 39:6) - E deixou tudo o que tinha na mão de José, de maneira que nada sabia do que estava com ele, a não ser do pão que comia. E José era formoso de porte, e de semblante.
(Gênesis 39:7) - E aconteceu depois destas coisas que a mulher do seu senhor pôs os seus olhos em José, e disse: Deita-te comigo.
(Gênesis 39:8) - Porém ele recusou, e disse à mulher do seu SENHOR: Eis que o meu senhor não sabe do que há em casa comigo, e entregou em minha mão tudo o que tem;
(Gênesis 39:9) - Ninguém há maior do que eu nesta casa, e nenhuma coisa me vedou, senão a ti, porquanto tu és sua mulher; como pois faria eu tamanha maldade, e pecaria contra Deus?
(Gênesis 39:10) - E aconteceu que, falando ela cada dia a José, e não lhe dando ele ouvidos, para deitar-se com ela, e estar com ela,
(Gênesis 39:11) - Sucedeu num certo dia que ele veio à casa para fazer seu serviço; e nenhum dos da casa estava ali;
(Gênesis 39:12) - E ela lhe pegou pela sua roupa, dizendo: Deita-te comigo. E ele deixou a sua roupa na mão dela, e fugiu, e saiu para fora.
(Gênesis 39:13) - E aconteceu que, vendo ela que deixara a sua roupa em sua mão, e fugira para fora,
(Gênesis 39:14) - Chamou aos homens de sua casa, e falou-lhes, dizendo: Vede, meu marido trouxe-nos um homem hebreu para escarnecer de nós; veio a mim para deitar-se comigo, e eu gritei com grande voz;
(Gênesis 39:15) - E aconteceu que, ouvindo ele que eu levantava a minha voz e gritava, deixou a sua roupa comigo, e fugiu, e saiu para fora.
(Gênesis 39:16) - E ela pôs a sua roupa perto de si, até que o seu SENHOR voltou à sua casa.
(Gênesis 39:17) - Então falou-lhe conforme as mesmas palavras, dizendo: Veio a mim o servo hebreu, que nos trouxeste, para escarnecer de mim;
(Gênesis 39:18) - E aconteceu que, levantando eu a minha voz e gritando, ele deixou a sua roupa comigo, e fugiu para fora.
(Gênesis 39:19) - E aconteceu que, ouvindo o seu senhor as palavras de sua mulher, que lhe falava, dizendo: Conforme a estas mesmas palavras me fez teu servo, a sua ira se acendeu.
(Gênesis 39:20) - E o senhor de José o tomou, e o entregou na casa do cárcere, no lugar onde os presos do rei estavam encarcerados; assim esteve ali na casa do cárcere.
(Gênesis 39:21) - O SENHOR, porém, estava com José, e estendeu sobre ele a sua benignidade, e deu-lhe graça aos olhos do carcereiro-mor.
(Gênesis 39:22) - E o carcereiro-mor entregou na mão de José todos os presos que estavam na casa do cárcere, e ele ordenava tudo o que se fazia ali.
(Gênesis 39:23) - E o carcereiro-mor não teve cuidado de nenhuma coisa que estava na mão dele, porquanto o SENHOR estava com ele, e tudo o que fazia o SENHOR prosperava.
(Gênesis 41:1) - E ACONTECEU que, ao fim de dois anos inteiros, Faraó sonhou, e eis que estava em pé junto ao rio.
(Gênesis 41:2) - E eis que subiam do rio sete vacas, formosas à vista e gordas de carne, e pastavam no prado.
(Gênesis 41:3) - E eis que subiam do rio após elas outras sete vacas, feias à vista e magras de carne; e paravam junto às outras vacas na praia do rio.
(Gênesis 41:4) - E as vacas feias à vista e magras de carne, comiam as sete vacas formosas à vista e gordas. Então acordou Faraó.
(Gênesis 41:5) - Depois dormiu e sonhou outra vez, e eis que brotavam de um mesmo pé sete espigas cheias e boas.
(Gênesis 41:6) - E eis que sete espigas miúdas, e queimadas do vento oriental, brotavam após elas.
(Gênesis 41:7) - E as espigas miúdas devoravam as sete espigas grandes e cheias. Então acordou Faraó, e eis que era um sonho.
(Gênesis 41:8) - E aconteceu que pela manhã o seu espírito perturbou-se, e enviou e chamou todos os adivinhadores do Egito, e todos os seus sábios; e Faraó contou-lhes os seus sonhos, mas ninguém havia que lhos interpretasse.
(Gênesis 41:9) - Então falou o copeiro-mor a Faraó, dizendo: Das minhas ofensas me lembro hoje:
(Gênesis 41:10) - Estando Faraó muito indignado contra os seus servos, e pondo-me sob prisão na casa do capitão da guarda, a mim e ao padeiro-mor,
(Gênesis 41:11) - Então tivemos um sonho na mesma noite, eu e ele; sonhamos, cada um conforme a interpretação do seu sonho.
(Gênesis 41:12) - E estava ali conosco um jovem hebreu, servo do capitão da guarda, e contamos-lhe os nossos sonhos e ele no-los interpretou, a cada um conforme o seu sonho.
(Gênesis 41:13) - E como ele nos interpretou, assim aconteceu; a mim me foi restituído o meu cargo, e ele foi enforcado.
(Gênesis 41:14) - Então mandou Faraó chamar a José, e o fizeram sair logo do cárcere; e barbeou-se e mudou as suas roupas e apresentou-se a Faraó.
(Gênesis 41:15) - E Faraó disse a José: Eu tive um sonho, e ninguém há que o interprete; mas de ti ouvi dizer que quando ouves um sonho o interpretas.
(Gênesis 41:16) - E respondeu José a Faraó, dizendo: Isso não está em mim; Deus dará resposta de paz a Faraó.
(Gênesis 41:17) - Então disse Faraó a José: Eis que em meu sonho estava eu em pé na margem do rio,
(Gênesis 41:18) - E eis que subiam do rio sete vacas gordas de carne e formosas à vista, e pastavam no prado.
(Gênesis 41:19) - E eis que outras sete vacas subiam após estas, muito feias à vista e magras de carne; não tenho visto outras tais, quanto à fealdade, em toda a terra do Egito.
(Gênesis 41:20) - E as vacas magras e feias comiam as primeiras sete vacas gordas;
(Gênesis 41:21) - E entravam em suas entranhas, mas não se conhecia que houvessem entrado; porque o seu parecer era feio como no princípio. Então acordei.
(Gênesis 41:22) - Depois vi em meu sonho, e eis que de um mesmo pé subiam sete espigas cheias e boas;
(Gênesis 41:23) - E eis que sete espigas secas, miúdas e queimadas do vento oriental, brotavam após elas.
(Gênesis 41:24) - E as sete espigas miúdas devoravam as sete espigas boas. E eu contei isso aos magos, mas ninguém houve que mo interpretasse.
(Gênesis 41:25) - Então disse José a Faraó: O sonho de Faraó é um só; o que Deus há de fazer, mostrou-o a Faraó.
(Gênesis 41:26) - As sete vacas formosas são sete anos, as sete espigas formosas também são sete anos, o sonho é um só.
(Gênesis 41:27) - E as sete vacas feias à vista e magras, que subiam depois delas, são sete anos, e as sete espigas miúdas e queimadas do vento oriental, serão sete anos de fome.
(Gênesis 41:28) - Esta é a palavra que tenho dito a Faraó; o que Deus há de fazer, mostrou-o a Faraó.
(Gênesis 41:29) - E eis que vêm sete anos, e haverá grande fartura em toda a terra do Egito.
(Gênesis 41:30) - E depois deles levantar-se-ão sete anos de fome, e toda aquela fartura será esquecida na terra do Egito, e a fome consumirá a terra;
(Gênesis 41:31) - E não será conhecida a abundância na terra, por causa daquela fome que haverá depois; porquanto será gravíssima.
(Gênesis 41:32) - E que o sonho foi repetido duas vezes a Faraó, é porque esta coisa é determinada por Deus, e Deus se apressa em fazê-la.
(Gênesis 41:33) - Portanto, Faraó previna-se agora de um homem entendido e sábio, e o ponha sobre a terra do Egito.
(Gênesis 41:34) - Faça isso Faraó e ponha governadores sobre a terra, e tome a quinta parte da terra do Egito nos sete anos de fartura,
(Gênesis 41:35) - E ajuntem toda a comida destes bons anos, que vêm, e amontoem o trigo debaixo da mão de Faraó, para mantimento nas cidades, e o guardem.
(Gênesis 41:36) - Assim será o mantimento para provimento da terra, para os sete anos de fome, que haverá na terra do Egito; para que a terra não pereça de fome.
(Gênesis 41:37) - E esta palavra foi boa aos olhos de Faraó, e aos olhos de todos os seus servos.
(Gênesis 41:38) - E disse Faraó a seus servos: Acharíamos um homem como este em quem haja o espírito de Deus?
(Gênesis 41:39) - Depois disse Faraó a José: Pois que Deus te fez saber tudo isto, ninguém há tão entendido e sábio como tu.
(Gênesis 41:40) - Tu estarás sobre a minha casa, e por tua boca se governará todo o meu povo, somente no trono eu serei maior que tu.
(Gênesis 41:41) - Disse mais Faraó a José: Vês aqui te tenho posto sobre toda a terra do Egito.
(Gênesis 41:42) - E tirou Faraó o anel da sua mão, e o pôs na mão de José, e o fez vestir de roupas de linho fino, e pôs um colar de ouro no seu pescoço.
(Gênesis 41:43) - E o fez subir no segundo carro que tinha, e clamavam diante dele: Ajoelhai. Assim o pôs sobre toda a terra do Egito.
(Gênesis 41:44) - E disse Faraó a José: Eu sou Faraó; porém sem ti ninguém levantará a sua mão ou o seu pé em toda a terra do Egito.
(Gênesis 41:45) - E Faraó chamou a José de Zafenate-Panéia, e deu-lhe por mulher a Azenate, filha de Potífera, sacerdote de Om; e saiu José por toda a terra do Egito.
(Gênesis 41:46) - E José era da idade de trinta anos quando se apresentou a Faraó, rei do Egito. E saiu José da presença de Faraó e passou por toda a terra do Egito.
(Gênesis 41:47) - E nos sete anos de fartura a terra produziu abundantemente.
(Gênesis 41:48) - E ele ajuntou todo o mantimento dos sete anos, que houve na terra do Egito; e guardou o mantimento nas cidades, pondo nas mesmas o mantimento do campo que estava ao redor de cada cidade.
(Gênesis 41:49) - Assim ajuntou José muitíssimo trigo, como a areia do mar, até que cessou de contar; porquanto não havia numeração.
(Gênesis 41:50) - E nasceram a José dois filhos (antes que viesse um ano de fome), que lhe deu Azenate, filha de Potífera, sacerdote de Om.
(Gênesis 41:51) - E chamou José ao primogênito Manassés, porque disse: Deus me fez esquecer de todo o meu trabalho, e de toda a casa de meu pai.
(Gênesis 41:52) - E ao segundo chamou Efraim; porque disse: Deus me fez crescer na terra da minha aflição.
(Gênesis 41:53) - Então acabaram-se os sete anos de fartura que havia na terra do Egito.
(Gênesis 41:54) - E começaram a vir os sete anos de fome, como José tinha dito; e havia fome em todas as terras, mas em toda a terra do Egito havia pão.
(Gênesis 41:55) - E tendo toda a terra do Egito fome, clamou o povo a Faraó por pão; e Faraó disse a todos os egípcios: Ide a José; o que ele vos disser, fazei.
(Gênesis 41:56) - Havendo, pois, fome sobre toda a terra, abriu José tudo em que havia mantimento, e vendeu aos egípcios; porque a fome prevaleceu na terra do Egito.
(Gênesis 41:57) - E de todas as terras vinham ao Egito, para comprar de José; porquanto a fome prevaleceu em todas as terras.
(Daniel 1:1) - NO ano terceiro do reinado de Jeoiaquim, rei de Judá, veio Nabucodonosor, rei de Babilônia, a Jerusalém, e a sitiou.
(Daniel 1:2) - E o Senhor entregou nas suas mãos a Jeoiaquim, rei de Judá, e uma parte dos utensílios da casa de Deus, e ele os levou para a terra de Sinar, para a casa do seu deus, e pôs os utensílios na casa do tesouro do seu deus.
(Daniel 1:3) - E disse o rei a Aspenaz, chefe dos seus eunucos, que trouxesse alguns dos filhos de Israel, e da linhagem real e dos príncipes,
(Daniel 1:4) - Jovens em quem não houvesse defeito algum, de boa aparência, e instruídos em toda a sabedoria, e doutos em ciência, e entendidos no conhecimento, e que tivessem habilidade para assistirem no palácio do rei, e que lhes ensinassem as letras e a língua dos caldeus.
(Daniel 1:5) - E o rei lhes determinou a porção diária, das iguarias do rei, e do vinho que ele bebia, e que assim fossem mantidos por três anos, para que no fim destes pudessem estar diante do rei.
(Daniel 1:6) - E entre eles se achavam, dos filhos de Judá, Daniel, Hananias, Misael e Azarias;
(Daniel 1:7) - E o chefe dos eunucos lhes pôs outros nomes, a saber: a Daniel pôs o de Beltessazar, e a Hananias o de Sadraque, e a Misael o de Mesaque, e a Azarias o de Abednego.
(Daniel 1:8) - E Daniel propôs no seu coração não se contaminar com a porção das iguarias do rei, nem com o vinho que ele bebia; portanto pediu ao chefe dos eunucos que lhe permitisse não se contaminar.
(Daniel 1:9) - Ora, Deus fez com que Daniel achasse graça e misericórdia diante do chefe dos eunucos.
(Daniel 1:10) - E disse o chefe dos eunucos a Daniel: Tenho medo do meu senhor, o rei, que determinou a vossa comida e a vossa bebida; pois por que veria ele os vossos rostos mais tristes do que os dos outros jovens da vossa idade? Assim porias em perigo a minha cabeça para com o rei.
(Daniel 1:11) - Então disse Daniel ao despenseiro a quem o chefe dos eunucos havia constituído sobre Daniel, Hananias, Misael e Azarias:
(Daniel 1:12) - Experimenta, peço-te, os teus servos dez dias, e que se nos dêem legumes a comer, e água a beber.
(Daniel 1:13) - Então se examine diante de ti a nossa aparência, e a aparência dos jovens que comem a porção das iguarias do rei; e, conforme vires, procederás para com os teus servos.
(Daniel 1:14) - E ele consentiu isto, e os experimentou dez dias.
(Daniel 1:15) - E, ao fim dos dez dias, apareceram os seus semblantes melhores, e eles estavam mais gordos de carne do que todos os jovens que comiam das iguarias do rei.
(Daniel 1:16) - Assim o despenseiro tirou-lhes a porção das iguarias, e o vinho de que deviam beber, e lhes dava legumes.
(Daniel 1:17) - Quanto a estes quatro jovens, Deus lhes deu o conhecimento e a inteligência em todas as letras, e sabedoria; mas a Daniel deu entendimento em toda a visão e sonhos.
(Daniel 1:18) - E ao fim dos dias, em que o rei tinha falado que os trouxessem, o chefe dos eunucos os trouxe diante de Nabucodonosor.
(Daniel 1:19) - E o rei falou com eles; e entre todos eles não foram achados outros tais como Daniel, Hananias, Misael e Azarias; portanto ficaram assistindo diante do rei.
(Daniel 1:20) - E em toda a matéria de sabedoria e de discernimento, sobre o que o rei lhes perguntou, os achou dez vezes mais doutos do que todos os magos astrólogos que havia em todo o seu reino.
(Daniel 1:21) - E Daniel permaneceu até ao primeiro ano do rei Ciro.
(Daniel 6:1) - E PARECEU bem a Dario constituir sobre o reino cento e vinte príncipes, que estivessem sobre todo o reino;
(Daniel 6:2) - E sobre eles três presidentes, dos quais Daniel era um, aos quais estes príncipes dessem conta, para que o rei não sofresse dano.
(Daniel 6:3) - Então o mesmo Daniel sobrepujou a estes presidentes e príncipes; porque nele havia um espírito excelente; e o rei pensava constituí-lo sobre todo o reino.
(Daniel 6:4) - Então os presidentes e os príncipes procuravam achar ocasião contra Daniel a respeito do reino; mas não podiam achar ocasião ou culpa alguma; porque ele era fiel, e não se achava nele nenhum erro nem culpa.
(Daniel 6:5) - Então estes homens disseram: Nunca acharemos ocasião alguma contra este Daniel, se não a acharmos contra ele na lei do seu Deus.
(Daniel 6:6) - Então estes presidentes e príncipes foram juntos ao rei, e disseram-lhe assim: Ó rei Dario, vive para sempre!
(Daniel 6:7) - Todos os presidentes do reino, os capitães e príncipes, conselheiros e governadores, concordaram em promulgar um edito real e confirmar a proibição que qualquer que, por espaço de trinta dias, fizer uma petição a qualquer deus, ou a qualquer homem, e não a ti, ó rei, seja lançado na cova dos leões.
(Daniel 6:8) - Agora, pois, ó rei, confirma a proibição, e assina o edito, para que não seja mudado, conforme a lei dos medos e dos persas, que não se pode revogar.
(Daniel 6:9) - Por esta razão o rei Dario assinou o edito e a proibição.
(Daniel 6:10) - Daniel, pois, quando soube que o edito estava assinado, entrou em sua casa (ora havia no seu quarto janelas abertas do lado de Jerusalém), e três vezes no dia se punha de joelhos, e orava, e dava graças diante do seu Deus, como também antes costumava fazer.
(Daniel 6:11) - Então aqueles homens foram juntos, e acharam a Daniel orando e suplicando diante do seu Deus.
(Daniel 6:12) - Então se apresentaram ao rei e, a respeito do edito real, disseram-lhe: Porventura não assinaste o edito, pelo qual todo o homem que fizesse uma petição a qualquer deus, ou a qualquer homem, por espaço de trinta dias, e não a ti, ó rei, fosse lançado na cova dos leões? Respondeu o rei, dizendo: Esta palavra é certa, conforme a lei dos medos e dos persas, que não se pode revogar.
(Daniel 6:13) - Então responderam ao rei, dizendo-lhe: Daniel, que é dos filhos dos cativos de Judá, não tem feito caso de ti, ó rei, nem do edito que assinaste, antes três vezes por dia faz a sua oração.
(Daniel 6:14) - Ouvindo então o rei essas palavras, ficou muito penalizado, e a favor de Daniel propôs dentro do seu coração livrá-lo; e até ao pôr do sol trabalhou para salvá-lo.
(Daniel 6:15) - Então aqueles homens foram juntos ao rei, e disseram-lhe: Sabe, ó rei, que é lei dos medos e dos persas que nenhum edito ou decreto, que o rei estabeleça, se pode mudar.
(Daniel 6:16) - Então o rei ordenou que trouxessem a Daniel, e lançaram-no na cova dos leões. E, falando o rei, disse a Daniel: O teu Deus, a quem tu continuamente serves, ele te livrará.
(Daniel 6:17) - E foi trazida uma pedra e posta sobre a boca da cova; e o rei a selou com o seu anel e com o anel dos seus senhores, para que não se mudasse a sentença acerca de Daniel.
(Daniel 6:18) - Então o rei se dirigiu para o seu palácio, e passou a noite em jejum, e não deixou trazer à sua presença instrumentos de música; e fugiu dele o sono.
(Daniel 6:19) - Pela manhã, ao romper do dia, levantou-se o rei, e foi com pressa à cova dos leões.
(Daniel 6:20) - E, chegando-se à cova, chamou por Daniel com voz triste; e disse o rei a Daniel: Daniel, servo do Deus vivo, dar-se-ia o caso que o teu Deus, a quem tu continuamente serves, tenha podido livrar-te dos leões?
(Daniel 6:21) - Então Daniel falou ao rei: Ó rei, vive para sempre!
(Daniel 6:22) - O meu Deus enviou o seu anjo, e fechou a boca dos leões, para que não me fizessem dano, porque foi achada em mim inocência diante dele; e também contra ti, ó rei, não tenho cometido delito algum.
(Daniel 6:23) - Então o rei muito se alegrou em si mesmo, e mandou tirar a Daniel da cova. Assim foi tirado Daniel da cova, e nenhum dano se achou nele, porque crera no seu Deus.
(Daniel 6:24) - E ordenou o rei, e foram trazidos aqueles homens que tinham acusado a Daniel, e foram lançados na cova dos leões, eles, seus filhos e suas mulheres; e ainda não tinham chegado ao fundo da cova quando os leões se apoderaram deles, e lhes esmigalharam todos os ossos.
(Daniel 6:25) - Então o rei Dario escreveu a todos os povos, nações e línguas que moram em toda a terra: A paz vos seja multiplicada.
(Daniel 6:26) - Da minha parte é feito um decreto, pelo qual em todo o domínio do meu reino os homens tremam e temam perante o Deus de Daniel; porque ele é o Deus vivo e que permanece para sempre, e o seu reino não se pode destruir, e o seu domínio durará até o fim.
(Daniel 6:27) - Ele salva, livra, e opera sinais e maravilhas no céu e na terra; ele salvou e livrou Daniel do poder dos leões.
(Daniel 6:28) - Este Daniel, pois, prosperou no reinado de Dario, e no reinado de Ciro, o persa.
Enquanto estivermos no mundo, encontraremos influencias adversas. Haverá provocações para ser provada a nossa tempera; e é enfrentando-as com espírito reto que as virtudes cristã são desenvolvidas. Se Cristo habitar em nos, seremos pacientes, bondosos e indulgentes, alegres no meio das contrariedades e irritações. Dia após dia, ano após ano, vencer-nos-emos a nós próprios e cresceremos num nobre heroísmo. Tal é a tarefa que sobre nós impende; mas não pode ser cumprida sem o auxilio de Jesus, firme decisão, um alvo bem determinado, continua vigilância e oração incessante. Cada um tem suas lutas pessoais a travar. Nem o próprio Deus pode tornar nosso caráter nobre e nossa vida útil, se não colaborarmos com Ele. Quem renuncia â luta perde a força e a alegria da vitória.
Não precisamos guardar nosso próprio registro das provas e dificuldades, dos desgostos e tristezas. Todas estas coisas estão escritas nos livros, e o Céu Tomará o cuidado delas. Enquanto relembramos as coisas desagradáveis, passam da memória muitas que são gratas à reflexão, como a misericordiosa bondade de Deus que nos rodeia a cada instante e o amor, de que os anjos se maravilham, com que deu Seu Filho para morrer por nós.
Realidades Invisíveis
Se não se sente satisfeito e alegre, não fale dos seus sentimentos. Não anuvie a vida dos outros. Uma religião fria e sombria, jamais atrairá almas para Cristo. Afasta-as Dele, para as redes que Satanás lança aos pés dos transviados. Em vez de pensar em seus desânimos, pense na força de que pode dispor em nome de Cristo. Que sua imaginação se fixe nas coisas invisíveis. Que os pensamentos se dirijam para as evidencias do grande amor de Deus por você. A fé pode sofrer a prova, vencer a tentação, suportar o insucesso. Jesus vive como nosso advogado. Tudo o que assegura a Sua mediação nos pertence.
Não pensa que Cristo aprecia quem vive inteiramente para Ele? Não pensa que visita os que , como o amado João no exílio, estão em lugares difíceis e penosos? Deus não permite que um de Seus devotos obreiros seja abandonado, a lutar sozinho contra forças superiores, e que seja vencido. Preserva, como jóias preciosa, todo aquele cuja vida está escondida com Cristo nEle. De cada um destes diz:
(Ageu 2:23) - Naquele dia, diz o SENHOR dos Exércitos, tomar-te-ei, ó Zorobabel, servo meu, filho de Sealtiel, diz o SENHOR, e far-te-ei como um anel de selar; porque te escolhi, diz o SENHOR dos Exércitos.
Falar das Promessas de Deus
Fale pois das promessas; fale do desejo que Jesus tem de abençoar. Ele não nos esquece nem um só instante. Quanto, apesar das circunstancia desagradáveis, repousamos confiadamente no Seu amor e mantemos nossa comunhão com Ele, o sentimento de Sua presença inspirará uma alegria profunda e tranqüila. De Si disse Cristo:
(João 8:28) - Disse-lhes, pois, Jesus: Quando levantardes o Filho do homem, então conhecereis quem eu sou, e que nada faço por mim mesmo; mas falo como meu Pai me ensinou.
(João 8:29) - E aquele que me enviou está comigo. O Pai não me tem deixado só, porque eu faço sempre o que lhe agrada.
A presença do Pai acompanhava a Cristo, e nada Lhe sucedia que o amor infinito não tivesse permitido para benção do mundo. Aí residia o Seu e o nosso motivo de conforto. Quem está imbuído do Espírito de Cristo habita em Cristo. Tudo o que lhe sucede vem do Salvador que o rodeia com Sua presença. Nada pode atingi-lo sem a permissão do Senhor. Todos os sofrimentos e desgostos, todas as tentações e provas, todas as perseguições e privações, em suma, todas as coisas cooperam para nosso bem. Todas as experiências e circunstancias são agentes benfazejos de Deus em nosso favor.
Se temos a compreensão da paciência de Deus para conosco, não devemos ser achados a julgar ou a acusar ninguém. Quando Cristo vivia na Terra, quão surpreendidos ficariam os que O acompanhavam, se, depois de familiarizados com Ele, lhe ouvissem dizer uma palavra de acusação, critica destrutiva ou impaciência. Não esqueçamos que aqueles que O amam devem reproduzi-Lo em seu caráter.
(Romanos 12:10) - Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros.
(I Pedro 3:9) - Não tornando mal por mal, ou injúria por injúria; antes, pelo contrário, bendizendo; sabendo que para isto fostes chamados, para que por herança alcanceis a bênção.
Respeito aos Direitos Humanos
Exige o Senhor Jesus que reconheçamos os direito de cada homem. Devem ser tomados em consideração seus direitos sociais e seus direitos como cristãos. Todos devem ser tratados com amabilidade e delicadeza como filhos e filhas de Deus.
O cristianismo torna as pessoas bem educadas. Cristo era cortes, mesmo com Seus perseguidores; e os Seus verdadeiros seguidores devem manifestar o mesmo espírito. Olhem para Paulo, conduzido perante os magistrados. Seu discurso diante de Agripa é um exemplo de verdadeira cortesia, assim como de persuasiva eloqüência. O Evangelho não ensina a polidez formalista corrente no mundo, mas a cortesia que deriva de um coração cheio de bondade.
O mais meticuloso cultivo das propriedades externas da vida não é suficiente para limar toda a irritabilidade, aspereza nos juízos e inconveniência nas palavras. O verdadeiro refinamento não se revelará jamais, enquanto nos consideramos a nós mesmos como o objeto supremo. O amor deve residir no coração. O cristão verdadeiro tira seus motivos de ação do profundo amor pelo Mestre. Do amor de Cristo brota o interesse abnegado por seus irmãos. O amor comunica a que o possui graça, propriedade e elegância de porte. Ilumina-lhe a fisionomia e educa –lhe a voz; refina e eleva todo o ser.
A vida compõe-se, principalmente, não de grandes sacrifícios, ações maravilhosas, mas de pequenas coisas. Na maior parte das vezes, é pelas pequenas coisas que parecem indignas de menção que grande bem ou mal é trazido à nossa vida. È pela falta de sucesso em suportar as provas a que somos sujeitos nas pequenas coisas, que se adquirem os maus hábitos e se deforma o caráter, e quando nos assaltam as provas maiores, encontramo-nos desprevenidos. Só agindo por princípio nas provas da vida cotidiana, podemos adquirir energia para ficar firmes e fiéis nas mais perigosas e difíceis situações.
Nunca estamos sós. Que escolhamos ou não, temos um companheiro. Lembre-se de que onde quer que esteja, faça o que fizer, Deus aí está. Nada do que se diz, faz ou pensa escapa à Sua atenção. Para cada palavra ou ação você tem uma testemunha – Deus, que é santo e odeia o pecado. Pense sempre nisto antes de falar ou agir. Como cristão, você é membro da família real, filho do Rei dos Céus. Não diga palavra alguma, não faça nenhuma ação que traga desonra:
(Tiago 2:7) - Porventura não blasfemam eles o bom nome que sobre vós foi invocado?
Que Faria Jesus?
Estude cuidadosamente o caráter divino-humano, e inquira constantemente: “Que faria Jesus em meu lugar?” Esta deve ser a medida do nosso dever. Não se coloque desnecessariamente na companhia daqueles que por suas habilidades poderiam debilitar a sua consciência. Nada faça entre os estranhos, na rua, nos carros, em casa, que tenha a menor aparência de mal. Faça cada dia alguma coisa para melhorar, embelezar e enobrecer a vida que Cristo resgatou com seu próprio sangue.
Aja sempre por principio, nunca por impulso. Tempere a impetuosidade da sua natureza pela doçura e bondade. Evite toda a leviandade e frivolidade.
Que nenhum vil gracejo escape de seus lábios. Nem sequer aos pensamentos permita correr a rédeas soltas. Devem ser dominados e conduzidos cativos á obediência de Cristo. Que eles estejam ocupados em coisas santas. Então, pela graça de Cristo, serão puros e verdadeiros.
Pensamentos Puros
Necessitamos de ter um constante sentimento do poder enobrecedor dos pensamentos puros. É nos bons pensamentos que reside à única segurança para cada alma. O homem
(Provérbios 23:7) - Porque, como imaginou no seu coração, assim é ele. Come e bebe, te disse ele; porém o seu coração não está contigo.
A faculdade de se dominar desenvolve-se pelo exercício. O que parecia a principio difícil, torna-se fácil pela repetição constante, até que os retos pensamentos e ações acabam por ser habituais. Se quisermos podemos afastar-nos de tudo o que é baixo e inferior, e elevar-nos para alta norma; podemos ser respeitados pelos homens e amados por Deus.
Cultive o habito de falar bem do próximo. Detenha-se sobre as boas qualidades com quem está associado, e olhe o menos possível para seus erros e fraquezas. Quando é tentado a queixar-se do que alguém disse ou fez, louve alguma coisa na vida ou caráter dessa pessoa. Cultive a gratidão. Louve a Deus pelo Seu admirável amor em dar a Cristo para morrer por nós. Nada lucramos em pensar em nossas magoas. Deus convida-nos a meditar na Sua misericórdia e no Seu amor incomparável, a fim de que sejamos inspirados com louvor.
Os trabalhadores ativos não Têm tempo de se ocupar com as faltas do próximo. As cascas das faltas e fraquezas dos outros não fornecem alimento para a sua vida. A maledicência é uma dupla maldição, que recai mais pesadamente sobre quem fala do que sobre quem ouve. Quem espalha as sementes da dissensão e discórdia, colhe em sua própria alma os frutos mortais. O próprio ato de olhar para o mal nos outros desenvolve o mal em quem olha. Detendo-nos sobre as faltas do próximo somos transformado na sua imagem. Mas contemplando Jesus, falando do Seu amor e da perfeição de Seu caráter, imprimimos em nós as Suas feições. Contemplando o alto ideal que Ele colocou diante de nós, subiremos a uma atmosfera santa e pura, que é a própria presença de Deus. Quando ai permanecemos, sairá de nós uma luz que irradia sobre todos os que estiverem em contato conosco.
Fonte de Força Para Outros
Em vez de criticar e condenar o próximo, dizei: “Devo trabalhar para minha salvação própria. Se coopero com Aquele que deseja salvar a minha alma, devo vigiar-me cuidadosamente, afastar de minha vida tudo o que é mau, vencer todo o defeito, tornar-me nova criatura em Cristo. Por isso, em lugar de enfraquecer os que lutam contra o mal, fortalecê-los-ei com palavras animadoras”.Somos demasiados indiferentes para com os outros. Esquecemos muitas vezes que nossos companheiros de trabalho têm necessidade de força e animação. Tenha o cuidado de lhe assegurar seu interesse e simpatia. Ajude-os pela oração e faça-lhes saber que ora por eles.
Todos os que professam ser filhos de Deus deviam ter na mente que serão postos em contato com todas as classes de espírito. Há os corteses e os rudes, os humildes e os altivos, os religiosos e os céticos, os instruídos e os ignorantes, os ricos e os pobres. Estes diferentes espíritos não podem ser tratados da mesma maneira; todos porem carecem de bondade e simpatia. Pelo mutuo contato nosso espírito devia tornar-se dedicado e refinado. Dependemos uns dos outros, e estamos intimamente unidos pelos laços da fraternidade humana.
É pelas relações sociais que a religião cristã entra em contato com o mundo. Cristo não deve ser escondido no coração como um tesouro cobiçado, sagrado e doce, fruído exclusivamente pelo possuidor. Devemos ter Cristo em nós como uma fonte de água, que corre para a vida eterna, refrescando a todos os que entram em contato conosco.
AUTORA – ELLEN G. WHITE
CASA PUBLICADORA BRASILEIRA
http://www.cpb.com.br/
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